Nesta terça-feira (22), o Brasil se despediu de um dos maiores nomes da música brasileira. Erasmo Carlos faleceu aos 81 anos de idade vítima de uma paniculite complicada por sepse de origem cutânea. A causa da morte do cantor foi divulgada pelo Hospital Barra D’Or, onde ele estava internado desde 2 de novembro.
Erasmo chegou a receber alta médica há alguns dias, mas precisou ser internado novamente em razão de novas complicações. O cantor, conhecido como “Tremendão”, deixou a esposa, Fernanda Passos, com quem estava casado há 13 anos. O ídolo de uma legião de fãs faleceu sem reaver os direitos autorais de alguns de seus sucessos.
Erasmo e Roberto Carlos batalhavam na Justiça
Amigos de longa data, Erasmo e Roberto Carlos firmaram uma parceria de vários anos. Os cantores possuem cerca de 500 composições juntos. No ano de 2018, os veteranos ingressaram na Justiça a fim de reaverem hits como Minha Fama de Mau e É Preciso Saber Viver (mais adiante regravada pelos Titãs)..
Na década de 60, Erasmo e Roberto assinaram um contrato onde repassaram direitos patrimoniais de algumas de suas canções à editora Irmãos Vitale S/A. Os direitos patrimoniais permitem a exploração financeira dos sucessos, e não se trata da posse, que não pode ser repassada.
Os cantores alegam que forneceram apenas um licenciamento dos sucessos à época, e não a cessão dos direitos. “Com 23 anos na época, os dois não possuíam a mínima noção da grandiosidade de seu legado“, disse a defesa de Erasmo e Roberto.
Amigos sofreram derrotas na Justiça
Durante a ação para reaverem seus direitos autorais, Erasmo e Roberto Carlos sofreram pelo menos duas derrotas da Justiça, porém, os amigos não pretendiam desistir da demanda. Mesmo não possuindo os direitos patrimoniais, os músicos recebiam uma porcentagem dos lucros das canções.