Erasmo Carlos não possuía qualquer direito sobre 99 músicas que fez com Roberto Carlos; entenda o porquê

Os dois artistas tentavam junto a Justiça recuperar os direitos das canções, mas perderam dois recursos.

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Faleceu na tarde dessa terça-feira (22/11) o cantor e compositor Erasmo Carlos. O Tremendão estava com 81 anos e ficou duas semanas internado no final de outubro. Na ocasião, chegou a circular um boato de que ele havia falecido, o que foi prontamente negado pela família. Erasmo chegou a brincar com o fato por ganhar alta médica justamente no dia de finados. O artista voltou a ser internado na noite da última segunda-feira (21) e não resistiu ao quadro de paniculite complicada por sepse de origem cutânea.

Erasmo Carlos foi um dos precursores do rock and roll no Brasil e deixou mais de 600 canções, muitas delas compostas com o seu principal parceiro, o rei Roberto Carlos.

Erasmo Carlos e Roberto Carlos tentavam reaver músicas na Justiça

Os parceiros e amigos de longa data já não possuíam os direitos de 99 canções, entre elas os hits “É preciso saber viver” e “Minha fama de mau”. Os dois tentaram reaver esses direitos recentemente, mais tiveram o pedido negado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

Erasmo e Roberto, ainda nos anos 60, cederam essas músicas de seus repertórios para duas agências; 27 delas estão sob o domínio da editora Irmãos Vitale S/A, enquanto as outras 72 canções pertencem à Editora Fermata.

Os dois tinham 23 anos quando os contratos foram assinados

As defesas de Roberto e Erasmo alegam que os artistas eram muito jovens na época e que o objetivo era apenas licenciar essas músicas por um tempo, e não cedê-las em definitivo.

Os recursos da dupla foram negados e as editoras devem ficar com a posse das canções até 70 anos após a morte dos autores, que é quando a obra cai em domínio público.