Erika Januza expõe situações racistas que teve que enfrentar desde a infância: ‘Dor que só quem passa sabe’

A atriz Erika Januza relatou ter sofrido episódios de racismo na infância e na juventude.

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No ar atualmente, interpretando Laila em Verdade Secretas 2, Erika Januza nem sempre foi considerada uma linda mulher. A atriz contou que já passou por vários episódios de racismo desde a infância até a juventude. “É uma dor que só quem passa sabe”, afirmou ela.

Durante entrevista para o jornal Extra, Erika contou que já passou por diversos momentos tristes na escola, e na época preferiu não contar para os pais algumas coisas ruins que ela ouviu, que a marcaram até hoje. Ela ressaltou ser essencial os adultos conversarem com as crianças sobre autoestima, falarem sobre seus valores, mas com cuidado para que elas não cresçam vaidosas demais. Segundo ela, quando se tornar mãe, fará questão de enaltecer a beleza do herdeiro, para mostrar que a diversidade é nítida e precisa ser respeitada por todos.

A bela relatou que cresceu sendo julgado como feia, e que ela era aquela amiga que as mães deixavam as filhas sair juntas, pelo fato de ser muito quieta e não chamar a atenção dos meninos. Pois era conhecida como “a negrinha do cabelo duro“. Isso a magoava, e ela se fechava ainda mais na sua timidez. Quando se lembra de tudo que viveu, ela pensa que conseguiu chegar muito longe, apesar das ofensas.

Várias ofensas, ela ouviu nos concursos de beleza em que participou. Quando saiu vencedora de dois deles, foi debaixo de muito protesto, pois, não era possível que uma moça negra seria a mais bonita. As mães das outras concorrentes a xingavam. Em alguns concursos que não foi a campeã, os jurados conversavam com ela depois para dizer dever ter acontecido algo errado, porque de acordo com a votação, ela ficaria em primeiro lugar.

Januza afirmou, ainda, que todos os anos, os pensamentos e atitudes primitivas se repetem, e que lutar por igualdade e respeito não é fácil. É preciso respeitar quando o preconceito é denunciado, e não julgar como algo fútil.