Após ser demitida da Rede Record, onde permaneceu durante quinze anos ininterruptos, Adriana Araújo está movendo ação no Ministério do Trabalho contra a emissora. O processo teve início no mês de junho, três meses após ela ter sido demitida.
A apresentadora exige uma indenização, pois alega ter sido vítima de injustiça e discriminação por parte da empresa e também por não ter seus vínculos empregatícios reconhecidos.
O valor da indenização não foi estipulado e será definido pelo juiz após analisar vários pontos do processo, que segue em curso na 63ª Vara do Trabalho de São Paulo.
Já foram realizadas duas audiências e no caso da Record TV ser condenada, a apresentadora poderá ser beneficiada com uma quantia milionária.
Adriana também alega que durante todo o longo tempo em que esteve na emissora, foi contratada como PJ (Pessoa Jurídica), profissional que não mantém vínculo empregatício com a empresa, onde desempenha as suas atividades. Quem age dessa forma, necessita de um CNPJ ativo, é obrigado a emitir nota fiscal e apesar de ganhar mais, perde alguns benefícios com 13º salário e férias remuneradas.
A Record TV, para evitar processos desse gênero, passou a admitir funcionários com registro em carteira e alterar contratos para esse formato.
A apresentadora afirma que foi discriminada, uma vez que isso não aconteceu com ela e mesmo não concordando, acatou todas as determinações impostas pela emissora, como deixar a bancada do Jornal da Record e ser transferida para o Record Investigação.
Numa audiência, realizada em 10 de agosto, quatro ex-chefes da apresentadora testemunharam a favor da Record TV, que alegou que ela era uma das estrelas da casa e recebia um alto salário pelo exercício da sua função.
O julgamento da causa não tem data prevista para acontecer.
Adriana estava mantendo conversações com a Band, mas as negociações não prosseguiram.