Muitos se lembram da Mulher Abacaxi como musa de uma escola de samba no Rio de Janeiro, mas agora ela está bem diferente e investindo em novas áreas. Marcela Porto está longe dos holofotes porque está focada em administrar sua transportadora de minérios.
Ela é responsável por uma equipe que hoje conta com 10 colaboradores e passa o dia fazendo análises, resolvendo problemas e planejando o futuro. Em uma entrevista ao jornal Extra, ela disse que esse mercado para ela não é nenhuma novidade, pois começou a dirigir caminhões quando tinha apenas 12 anos de idade.
A família dela é de caminhoneiros, o pai era carreteiro em Campos dos Goytacazes e seus irmãos também dirigem. Marcela ainda brincou que a família tem é diesel na veia.
E mesmo trabalhando com caminhão, a eterna Mulher Abacaxi está sempre se cuidando, mas não usa mais aqueles shortinhos e muito menos minissaia, agora faz questão de ficar o tempo todo com o uniforme da empresa e não quer mais saber de ficar chamando a atenção pelo visual.
“Não curto chamar atenção no ambiente de trabalho, procuro ser a mais discreta“, explicou Marcela, que é uma mulher trans e acredita que pessoas como ela podem ocupar qualquer cargo e ser o que quiser, mas é preciso acreditar e nunca deixar que as pessoas destruam sua autoestima.
Marcela explicou que raramente um cliente percebe que ela é trans, mas quando isso acontece não é criticada e nenhum comentário é feito, pois todos a respeitam e sabem que sempre procurará oferecer o melhor serviço para que a empresa continue crescendo.