Desarmado e punido por luta contra corrupção na Polícia Civil, Da Cunha teme pela vida: ‘Querem me ver morto’

O delegado está sendo alvo de perseguição institucional por conta do sucesso estrondoso na internet.

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O delegado da Polícia Civil do Estado de São Paulo, Da Cunha, estaria sendo alvo de perseguição institucional desde que começou a ganhar fama em seu canal no YouTube. Na plataforma de vídeos, conta com mais de três milhões de inscritos, fazendo sucesso com as publicações de operações policiais em formato de série documentada.

Nos últimos dias, Da Cunha ficou sabendo de uma série de processos administrativos instaurados sem o seu devido conhecimento, sendo que, em recente decisão da alta-cúpula da Polícia Civil do Estado de São Paulo, foi ordenado o confisco de suas armas e distintivos, bem como a sua retirada das funções externas.

Desarmado, Da Cunha teme por sua vida. O delegado é conhecido por comandar operações que culminaram nas prisões de bandidos de altíssima periculosidade no Estado de São Paulo, como a de Jagunço, integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital) e que articulava o assassinato de Ruy Ferraz Fontes, delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo.

“Todo mundo sabe que eu sou delegado da quebrada, que eu conheço o submundo, conheço os dois lados. Não tenho medo de ameaça”, iniciou Da Cunha em seu desabafo. “Vão enfiar algo no meu carro, vão tentar me matar? Pode vir, vai tomar bala”, emendou o doutor.

Segundo o documento de afastamento, Da Cunha foi punido por “linguagem inadequada e comentários depreciativos à imagem institucional”. Isso porque, em entrevista ao Flow Podcast, insinuou que os “ratos” que comprometem a moralidade das instituições policiais merecem severa punição para que sejam extirpados os casos de corrupção.