Após 74 anos ininterruptos de uma vitoriosa carreira, chegou ao fim a trajetória artística de As Irmãs Galvão, que se tornaram as pioneiras do universo sertanejo, que na época era denominado como música caipira.
O anúncio oficial do fim da dupla foi feito por Mary Galvão, uma das integrantes. Ela declarou que a irmã, Marilene está sofrendo do Mal de Alzheimer e como a doença vem se agravando a cada dia, ela já perdeu quase que totalmente a memória, o que a obrigou a dar a carreira por encerrada.
As Irmãs Galvão, a partir dos anos 2000, passaram a ser chamadas apenas de As Galvão, que se tornaram famosas também por conseguirem alcançar sucesso num universo predominantemente masculino.
Além de cantarem com muita afinação desde crianças, Mary tocava sanfona e Marilene, viola, e juntas uniram as vozes em clássicos como Beijinho Doce.
Após apresentações nas emissoras de rádio de praticamente todo o interior paulista, em 1955 foram contratadas pela RCA Victor, onde gravaram em 78 rotações as canções Carinha de Anjo e Rincão Guarani.
Assim teve início uma trajetória na indústria fonográfica, que a dupla manteve até os anos 80.
Em 2017, As Galvão celebram 70 anos de carreira e para comemorar a data, foi lançado o DVD Soberanas – 70 anos ao vivo e o documentário Eu e minha irmã, a trajetória das Irmãs Galvão , que teve a direção de Thiago Rosente.
Mary também contou que visita Marilene constantemente, já que possuem um grande amor uma pela outra por tudo que passaram juntas e esse amor não irá acabar nunca, mesmo Marilene não lembrando de mais nada, nem das letras das músicas que as acompanharam durante tantos anos.