Embora a Polícia Civil já tenha concluído que a morte do funkeiro Kevin Nascimento Bueno, o MC Kevin, de 23 anos, tenha sido acidental, o caso segue sob investigação das autoridades, que buscam esclarecer algumas divergências nos depoimentos prestados por testemunhas na 16ª DP (Barra da Tijuca).
Nesta sexta-feira (29), o juiz Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau, da 27ª Vara Criminal, autorizou a quebra de sigilo de dados eletrônicos, telefônicos e telemáticos dos aparelhos de celular do cantor, de sua mulher, a advogada Deolane Bezerra, dos amigos MC VK e Jonathas Cruz, e da modelo Bianca Domingues, que estava com o artista no apartamento do hotel quando ele despencou do quinto andar.
Diante da determinação da Justiça, os peritos agora ficam livres para analisar os aparelhos com o intuito de esclarecer “aparentes contradições” nas oitivas prestadas pelas testemunhas no inquérito do caso. As informações foram reveladas pelo jornal Extra.
Segundo o periódico, com a decisão, a equipe do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) poderá examinar, espelhar e extrair agenda de contatos, fotos e demais conteúdos presentes na memória dos aparelhos, incluindo ligações e mensagens de textos, enviadas por SMS ou através de aplicativos de conversas.
Laudos
No último final de semana, o programa Fantástico exibiu um laudo da polícia atestando que a causa da morte do funkeiro foi acidental. No documento em que determina a quebra do sigilo dos aparelhos, o magistrado Itabaiana cita que ao averiguar o inquérito constatou que não há indícios de crime doloso contra a vida do cantor, o que afasta a competência do Tribunal do Júri. Contudo, as divergências nas oitivas serão apuradas.
No exame de necropsia, o Instituto Médico Legal (IML) atestou que o cantor sofreu 13 fraturas, e teve como causa morte traumatismo craniano encefálico.