No último domingo (9), o Fantástico entrevistou dois médicos que fizeram parte da equipe que cuidou de Paulo Gustavo. O humorista faleceu no último dia 4 de maio em decorrência de complicações da Covid-19. Durante 53 dias, o ator lutou de forma árdua contra a doença, e apresentou inúmeros altos e baixos. Fabio Miranda, médico chefe da terapia intensiva se pronunciou sobre o quadro do ator.
Segundo o médico, Paulo Gustavo apresentou uma piora significativa desde o dia de sua internação. Os pulmões do humorista foram mais comprometidos pela Covid-19 a cada tomografia realizada. De acordo com os médicos, ao apresentar 100% de comprometimento pulmonar, o ator precisou ser intubado.
Ao longo dos dias em que ficou internado, Paulo apresentou pneumomediastino, fístulas bronco-pleurais e duas pneumonias bacterianas. Porém, nos últimos dias de vida, o que acabou agravando seu quadro de forma irreversível foi uma embolia disseminada gasosa. O médico Fabio Miranda contou que Paulo chegou a ficar consciente ao ter os sedativos diminuídos, mas piorou de forma brusca.
“De repente é como se desligasse um interruptor. Se tornou pálido, a pressão arterial caiu, ele parou de interagir, parou completamente de interagir. Isso aconteceu umas três, quatro vezes”, disse o médico. Fabio afirmou ainda, que o sistema nervoso central, o cérebro e o coração de Paulo foram imediatamente atingidos, causando o quadro irreversível.
A família do ator foi chamada ao hospital na última terça-feira (4), e informada que o humorista havia apresentado morte cerebral. Paulo Gustavo foi cremado em Niterói em uma cerimônia que reuniu familiares e poucos amigos. O ator não tinha comorbidades e faleceu aos 42 anos de idade.