Nesta semana, a guerra entre Benedito Ruy Barbosa e Silvio Santos, por causa da reprise de Pantanal, que se arrasta desde 2008, ganhou mais um capítulo. O ministro Humberto Martins, do Superior Tribunal de Justiça, negou recurso ao novelista, que pleiteava o aumento da indenização por danos morais, estipulada em 250 mil reais.
Logo após o anúncio da reprise de Pantanal pelo SBT, o novelista entrou com um processo na Justiça contra a emissora, alegando que a sua trama passou por edições, por causa das fitas originais que foram danificadas. Benedito afirma que o corte de diálogos e de muitas das cenas escritas por ele atingiram sua “honra e reputação”.
Vale lembrar que a história original foi produzida em 1990, pela extinta Rede Manchete, com enorme sucesso. A emissora de Silvio Santos perdeu o processo e teve que arcar com os 250 mil reais da indenização por danos morais. A condenação foi mantida nas três instâncias, mas Benedito não ficou satisfeito com o valor estipulado pela Justiça e tentou, de todas as formas, aumentá-lo.
Sua defesa se pronunciou, alegando que o valor da indenização não era compatível com o nível sócio econômico do novelista, já que recebia cifras bem mais elevadas por cada novela que escrevia. Porém, os argumentos não surtiram o efeito desejado e a quantia não sofreu nenhuma alteração.
Resta a Benedito recorrer a um colegiado do Superior Tribunal de Justiça, o que acarretará um prolongamento nessa longa guerra longe de ser contemporizada. Aos 90 anos, sem contrato com nenhuma emissora e não querendo saber mais de novelas, Benedito vive em seu sítio no interior de São Paulo. O remake de Pantanal, que a Globo promete para 2022, vem sendo escrito por seu neto, Bruno Luperi.