Pastora e cantora evangélica, Ana Paula Valadão está na mira da Justiça. Há alguns meses, passou a circular nas redes sociais um vídeo de um congresso transmitido via internet e pelo canal de TV ligado à Igreja Batista da Lagoinha, em 2016 em que Ana Paula associa Aids ao homossexualismo.
“Taí a Aids para mostrar que a união sexual entre dois homens causa uma enfermidade que leva à morte, contamina as mulheres, enfim… Não é o ideal de Deus”, apontou Ana Paula Valadão. O vídeo viralizou apenas quatro anos depois de ser exibido e dividiu opiniões.
O Ministério Público Federal (MPF) moveu uma ação contra Ana Paula e contra a emissora que veiculou o congresso. Ana Paula e o canal de TV podem ter uma despesa milionária se o desfecho do caso for negativo para as partes.
O MPF pede que a cantora e pastora evangélica pague R$ 200 mil. No caso da emissora, o valor é 10 vezes maior e pode chegar a R$ 2 milhões. As partes ainda devem arcar com os custos de produção e divulgação de materiais contra o preconceito e discurso de ódio contra homossexuais e portadores do HIV. Além disso, o MPF pede que haja participação de entidades ligadas a esses dois grupos.
Defesa de Ana Paula cita liberdade religiosa
Em sua defesa, Ana Paula Valadão falou por meio de seus advogados, que afirmaram que as declarações dadas por ela se amparam na liberdade religiosa. O Ministério Público viu isso de forma diferente e moveu ação contra uma das artistas gospel mais conhecidas do Brasil. O Diante do Trono, grupo de Ana Paula, é bastante conhecido no evangelicalismo nacional.