Walther Negrão, de 79 anos, foi internado às pressas no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O novelista, nesta semana, teria sofrido mais um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Ele vem sendo assistido pela equipe médica desse hospital, que está cuidando do seu monitoramento vascular.
Em 2016, o novelista já havia sofrido um AVC que o deixou sem o movimento de uma das mãos por alguns dias, mas ele não ficou com sequelas definitivas.
Em 2019, foi internado por 4 vezes devido a esse mesmo problema.
A amiga Suzana Pires, que foi sua colaboradora nas novelas “Flor do Caribe” e “Sol Nascente”, declarou que Negrão, além de ser um mestre na teledramaturgia é, além disso, um guerreiro pela sua saúde e por isso, confia na sua recuperação.
Foi contratado pela Globo no início dos anos 70 para concluir “A Cabana do Pai Tomás”. Ele vinha de dois grandes sucessos na Tupi como “Antônio Maria” e “Nino, o Italianinho” escritas com Geraldo Vietri, e com passagens pela Record e Bandeirantes.Na emissora corrigiu as novelas ” Chega Mais”, “As Três Marias” e “O Amor é Nosso”.
Para Globo escreveu vários sucessos como “Fera Radical”, “Despedida de Solteiro”, “Era uma vez…”, “A Casa das 7 Mulheres” em parceria com Maria Adelaide Amaral e “Flor do Caribe”.
Além dos sucessos de “O Primeiro Amor” e o seriado “Shazan, Xerife e Cia”, fracassou com “Cavalo de Aço”, que sofreu muitas interferências da censura, e “Supermanoela”.
Suas tramas sempre tiveram enredos simples e com locações que saiam do eixo Rio – São Paulo, como o Ceará, o que aconteceu com “Tropicaliente” e Santa Catarina, onde foi gravada “Como uma Onda”.
Também foi autor de “Direito de Amar”, baseada numa história de Janete Clair e da história espírita “Anjo de Mim”.
A assessoria de imprensa do Hospital Albert Einstein informou que não será emitido nenhum boletim médico sobre o estado de saúde de Walther Negrão.