Figura icônica da música nacional, o cantor Agnaldo Timóteo morreu no último final de semana por complicações da Covid-19. O artista estava internado no Hospital Casa São Benedito, na Zona Oeste do Rio desde o dia 17 de março. Durante este período, ele teve que ser intubado para preservar os órgãos vitais da infecção, mas acabou não resistindo.
Responsável pela assessoria de imprensa do cantor, Giovan Ferreira concedeu entrevista exclusiva ao jornal “Extra” e revelou planos que o cantor tinha para a carreira mesmo no auge dos seus 84 anos, e também contou o seu maior medo: morrer esquecido pelo público.
“Sim, o grande medo do Agnaldo era esse. Ele era um árduo combatente. Ajudava cantores, artistas, famosos ou não, mas ficava incomodado com a possibilidade de um esquecimento cultural (risos)”, disse o assessor, destacando ainda que o artista teve uma passagem tranquila e foi lembrado por todos os veículos de comunicação e pela sociedade brasileira.
Convites
Em janeiro, Agnaldo Timóteo participou de uma live no Cristo Redentor em prol do combate à pandemia do coronavírus. A apresentação animou o artista, que pouco depois passou a pensar em negociar novos projetos.
Contudo, toda a movimentação do artista e sua equipe acabou sendo paralisada após Agnaldo ser diagnosticado com a Covid-19. Os planos do cantor quando a pandemia passasse era se apresentar no exterior, realizando shows em Portugal, Angola, Cabo Verde e Moçambique.
Antes de morrer vítima da Covid-19, Agnaldo Timóteo chegou a lançar uma canção voltada para o cenário de pandemia. A música foi intitulada de “Epidemia”, e faz um clamor por dias melhores.