O conglomerado da família marinho – que representa hoje o maior grupo de comunicação do Brasil – vive uma situação dramática com as finanças da companhia. O lucro líquido consolidado da Globo Comunicações e Participações caiu em um ano 77,7%.
Isso significa que em 2019 o grupo detinha o montante de R$ 752,5 milhões de lucros, bem diferente dos R$ 167,8 milhões obtidos em 2020. O grupo se manifestou sobre a queda financeira e justificou que a redução ocorreu com relação à desvalorização do real sobre a dívida em dólar da empresa, “sem efeito de caixa”.
O faturamento da empresa também sofreu significativa redução. O montante que a empresa recebeu sofreu redução de 11% em relação a 2019, quando faturou R$ 12,5 bilhões. Fontes da emissora relatam que nesse momento a quebra de contrato e a não renovação com medalhões da dramaturgia estão longe de chegar a uma solução.
Por todo esse declínio financeiro, a emissora precisou abrir mão de alguns produtos que sempre agitaram a casa, como a principal competição entre clubes da América do Sul, a Libertadores, e também a Liga dos Campões, a maior competição de futebol da Europa. A perda do direito exclusivo de transmissão foi o principal indicador de que as coisas não estavam indo como esperadas pela companhia.
A pandemia também fez com que o grupo interrompesse diversas produções, como por exemplo a logística de produção no setor de dramaturgia. A emissora emitiu uma nota e informou todas as obras estavam sendo paralisadas e que só voltariam a funcionar após o término do decreto publicado no Rio de Janeiro e em São Paulo.