O humorista Whindersson Nunes concedeu uma entrevista para Rafinha Bastos. Na oportunidade ele voltou a falar do problema que atingiu sua vida em 2009. Pela primeira vez, depois de todo esse tempo, o artista contou sobre como está sua depressão e também o que fez para melhorar e tratar a doença.
O comediante também desabafou lembrando os momentos mais difíceis: “Já chorei dentro de um bar. Teve um dia que estava depressivo e pensei: não posso fazer nada, todo mundo vai me ver“, disse ele relembrando uma crise de pânico desencadeada pela depressão.
Whindersson ainda lembrou de um período grave, quando estava sozinho dentro do quarto: “Falei socorro! Do nada, cinco pessoas entraram. Depois de tudo me afundava naquele choro que não tinha fim. Sou até hoje uma pessoa depressiva e hoje posso falar que já saí de um lugar da depressão muito pior. Cheguei muitas vezes a pensar em me machucar“, relata.
O comediante ainda ressalta que o excesso de trabalho ocasionou esse quadro mais severo da depressão: “Eu estava trabalhando muito. Ao ponto de não saber nem quanto tinha na minha conta bancaria. Neste período, se alguém tivesse me roubando, nem saberia. Quando eu parei e percebi tudo, pensei: Agora tenho 20 anos e faço o quê?”
O humorista relatou que foi ficando cada vez mais desanimado e triste. “O mais difícil é perceber que tudo está saindo da maneira que gostaria e mesmo assim você está triste“, considerou.
Ainda durante a entrevista, Nunes relatou a Rafinha Bastos que está em um momento novo na sua vida. E que esse momento trouxe motivos que o ajudaram a estabilizar a doença. E esse motivo se chama Maria.
O humorista lembrou que quando tudo parecia não ter solução recentemente conheceu a atual amada. Ele relata que o novo amor foi importantíssimo para sua recuperação e estabilidade emocional. “Ela me ajudou muito a ficar melhor. Eu me sentia muito mal antes. Era uma época muito ruim. Mas quando a Maria entrou na minha vida tudo ficou mais divertido“, disse.
Importante lembrar que a depressão é uma doença e que deve ser tratada com acompanhamento médico.