A TV Globo colocou o temido plantão no ar e deu uma notícia que mexe com a vida política brasileira. Coube a Renata Vasconcellos, que já estava na sede da emissora no Rio de Janeiro, trabalhando para colocar o Jornal Nacional no ar a partir de 20h30, dar a notícia envolvendo um figurão da política brasileira.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) voltou a ficar elegível para concorrer à presidência da República no ano que vem. Nesta segunda-feira (8), o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou as condenações de Lula na Justiça Federal no Paraná. Renata segurava um celular na mão e leu as informações.
As condenações ocorreram no âmbito da Operação Lava Jato e tiveram o juiz Sergio Moro como grande protagonista. Na decisão, Fachin declarou a Justiça Federal do Paraná incompetente nos três casos em que Lula foi condenado: triplex do Guarujá, sítio de Atibaia e Instituto Lula.
https://twitter.com/Imjsecret/status/1368999324705828867
A defesa de Lula havia entrado com habeas corpus no STF no dia 3 de novembro do ano passado. Com a decisão de Fachin, as decisões tomadas pela 13ª Vara Federal de Curitiba estão anuladas. Caberá a Justiça Federal do Distrito Federal analisar os casos.
O caminho podem ser dois: validar os processos e reaproveitá-los ou não validá-los. Lula não concorreu à presidência do Brasil em 2018 porque estava inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Jair Bolsonaro foi eleito ao vencer o petista Fernando Haddad no segundo turno da disputa presidencial com uma margem de quase 10 milhões de votos. Lula estava preso na época.
"Com essa decisão Lula volta a ser elegível".
QUE SABOR OUVIR ISSO AGORA NO PLANTÃO DA GLOBO
— PhiLipe Ramos (@botofenessesom) March 8, 2021
Nas redes sociais, muita gente está comentando sobre o assunto. O ex-presidente Lula ainda não havia dado nenhuma declaração até o fechamento desta reportagem. O nome de Lula já aparece nos trendings topics (ranking dos assuntos mais comentados) do Twitter. Parece que a corrida presidencial para 2022 vai começar de vez com a retomada dos direitos políticos de Lula.