Neymar é acusado de homofobia contra o ex-padrasto e polícia investiga

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Neymar está sendo investigado por crime de homofobia e pode ser intimado a qualquer momento para prestar esclarecimentos à polícia sobre as ameaças e ofensas que desferiu ao seu ex-padrasto, Tiago Ramos.

O episódio aconteceu em junho de 2020, quando Tiago Ramos deu entrada em um hospital de Santos após uma briga com Nadine Gonçalves, mãe do jogador do Paris Saint-Germain. Tiago teria dado um soco em uma mesa de vidro e se ferido gravemente.

Uma conversa de Neymar a respeito do caso vazou no dia seguinte ao fato ter acontecido. Na conversa, em um grupo de amigos, o jogador chamou Tiago de ‘viadinho’, enquanto um de seus colegas sugeriu matar o ex-padrasto do jogador após uma sessão de tortura

Com a repercussão do vazamento da conversa, Neymar foi denunciado por homofobia ao Ministério Público. O autor da denúncia é Agripino Magalhães, ativista LGBTQ+, que pediu a prisão preventiva do jogador, além de indenização de R$ 2 milhões. O Ministério Público no entanto, acabou arquivando o caso.

O problema é que, após a denúncia, Agripino passou a ser ameaçado de morte, além de receber ofensas de cunho homofóbico. Por conta dessas ameaças, o ativista voltou a denunciar o jogador, além de todos os perfis de onde recebeu as ofensas.

Desta vez a polícia acatou a denúncia, instaurando o inquérito contra o craque da seleção brasileira. Agripino prestará depoimento na próxima quarta-feira (10/03), e o jogador pode ser intimado a qualquer momento.

O advogado de Agripino, Angelo Carbone, afirma que Neymar é um influenciador e suas falas podem incitar a propagação do ódio aos LGBTs.