Nessa última quinta-feira (18), a DJ Clara Maya esteve na delegacia de Guaratiba, conforme adiantado, semana passada por este colunista, para prestar um novo depoimento dando mais informações e detalhes sobre a acusação formalizada à Polícia Civil contra o filho do jogador de futebol Djalminha, acusado de agredi-la após tocar em um evento.
Na presença do seu advogado, Sylvio Guerra, Clara – que trabalha como DJ há cinco anos- chegou a delegacia às 13h. Ela contou que estava trabalhando em uma festa na casa do jogador Djaminha. Ela especificou em seu termo de declaração que seria amiga da família há 15 anos. Ela narra que foi contratada para tocar das 20h à 1h, tendo, no entanto, terminado sua apresentação por volta das 3h20m.
Clara considerou no documento que geralmente realiza esse trabalho acompanhada de alguém da sua produção, mas, especialmente nesse evento, acabou indo sozinha por apostar que estaria em um ambiente seguro, tendo em vista que conhecia a família do rapaz há bastante tempo.
Ela inicia as acusações em seu depoimento contra Djalma Jr relatando que logo nos primeiros 20 minutos da sua apresentação começou a ser assediada. Djalma Jr, segundo depoimento da DJ, teria começado a insistir para que ela o beijasse e ficasse com ele naquela noite.
Ela conta que em todos os momentos se manteve clara e firme ao dizer que não iria ter qualquer tipo de intimidade frente as investidas do rapaz e que pediu para que ele parasse de insistir. Entretanto, além de continuar insistindo, a jovem contou à polícia que o rapaz ainda passou a mão em suas nádegas, momento em que reclamou com o filho do jogador, e que teve naquele momento um sentimento de constrangimento e ficou envergonhada.
Clara Maya ao lado do advogado Sylvio Guerra
Logo depois, Clara contou que Djalma disse que queria aprender a tocar e pediu que ela o ensinasse. Ela teria recusado, uma vez que estava trabalhando e, mais uma vez, teria pedido para o rapaz se afastar.
Por volta das 3h30, ao encerrar sua apresentação ela teria chamado um táxi de aplicativo – Uber – e ficou aguardando a chegada do veículo. Passados 20 minutos, ainda à espera da chegada do carro, Clara narrou que foi procurada pelo pai do acusado, o jogador Djalma, e que o mesmo a perguntou se estava tudo bem agradecendo pelo serviço musical prestado durante a festa.
Ela teria contato o que aconteceu envolvendo o filho dele e, para sua surpresa, o pai teria dito: “Isso porque você não viu o tamanho da piroc@ dele. O garoto está r0lud0″. Ela continua o depoimento dizendo que, extremamente constrangida, respondeu apenas que “ele podia ter ficado sem essa.”
Clara continua o depoimento dizendo à polícia que logo em seguida Djalma Jr chegou e perguntou se poderia pegar uma carona com ela, pois não teria como voltar para a casa. E que ela disse que sim, desde que não repetisse suas atitudes e que não a assediasse novamente.
Para sua surpresa, ela detalha que o rapaz tacou um copo de bebida cheia em seu rosto, molhando também todo seu corpo. E que, em seguida, Djalma Jr teria dito: “Eu que não preciso ficar com você, sua vagabunda escrota, filha da put@, não preciso de você para nada”. Ela conta que teria começado a chorar nesse momento e que acabou pedindo ajuda ao pai do rapaz diante do ocorrido. Mas, como resposta, teria escutado: “Não vale à pena isso, deixa para lá, pelo amor de Deus, é final de festa.” Diante da reação do pai do rapaz, Clara contou que apenas pediu para que ele a acompanhasse até a saída do sítio por se tratar de um local deserto.
Enquanto caminhava, ela teria escutado passos do rapaz chegando perto e, quando virou para trás, recebeu um soco em seu rosto caindo no chão. Ela conta que, mesmo caída no chão sem chance de reação e desnorteada, Djalma Jr continuou as agressões e que, impedido de continuar as agressões pelo próprio pai, ela conseguiu correr em direção ao Uber. Contudo, novamente, o jovem segurou a alça da sua bolsa e a conseguiu jogar novamente no chão.
Ela complementa que, ainda caída, Djalma Jr desferiu diversas agressões contra ela utilizando a bolsa. Ela detalhou que ficou sendo agredida por cerca de cinco minutos no chão enquanto gritava por socorro, e que somente depois desse tempo o pai teria conseguido interceder novamente e feito o filho parar com as agressões, permitindo que ela fugisse e entrasse no carro. Maya diz que, ao entrar no carro, o pai pediu desculpas pelo comportamento do filho, e que sabia que ele teria agido de forma errada independente de ser o seu filho.
Clara conta que por se tratar de uma estrada de terra, o Uber não tinha como adquirir uma velocidade alta, por isso o rapaz ainda correu atrás do carro deferindo chutes na lataria do veículo enquanto a ameaçava novamente dizendo: “Filha da put@, sua escrota, vagabunda, não adianta fugir, vou pegar você”. E que, em virtude da dor causada pelo soco que havia tomado no olho precisou procurar um atendimento médico.
Clara termina seu depoimento informando às autoridades que após o fato ter sido noticiado na mídia, foi procurada por uma ex-namorada do rapaz, Carolina Porto, e que a moça a informou que o rapaz teria sido condenado pela Justiça naquela mesma semana.
Ela terminou seu depoimento informando para a polícia que Djalma Jr teria ido para a Bahia a fim de dificultar a investigação e tentar migrar o processo para aquele estado.
Desde o início da semana, o site não consegue localizar nem estabelecer algum tipo de contato com Djalma Jr para que ele apresente sua versão dos fatos.