O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) fez uma queixa-crime contra William Bonner e Renata Vasconcellos, apresentadores do Jornal Nacional, na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) no início de dezembro, após o telejornal da Globo noticiar informações sobre a investigação que apura esquema de “rachadinha” na Assembleia Lesgislativa do Rio de Janeiro (Alerj) no tempo em que Flávio era deputado.
Os jornalistas chegaram a ser convocados para depor na DRCI, mas o departamento jurídico da TV Globo entrou com ação e conseguiu liminar para evitar que os âncoras do principal telejornal da TV brasileira fossem depor. No começo do mês, a investigação foi transferida da 39ª Vara Criminal do Rio de Janeiro para a o 4ª Juizado Especial Criminal (Jecrim).
A Globo entrou com nova ação pedindo que o inquérito fosse encerrado. No dia 21 de janeiro, com direito a bronca em Flávio Bolsonaro, a Justiça atendeu ao pedido da emissora. A juíza Maria Tereza Donatti despachou favorável a Bonner e Renata.
“Conforme o dito popular, ‘pau que nasce torto, morre torto’. Logo no início, nada justificava a instauração do procedimento na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Informática”, disse a magistrada, afirmando que o DRCI não tinha autoridade para levar o caso adiante. A juíza apontou erros no inquérito para encerrá-lo.
Flávio Bolsonaro foi notícia no Jornal Nacional
Durante o ano passado, Flávio Bolsonaro foi notícia no principal telejornal da TV brasileira em inúmeras oportunidades. O senador tem o nome envolvido nos supostos esquemas de “rachadinha” na Alerj. O nome de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio, também está envolvido neste suposto esquema investigado pelo Ministério Público.