Defensor da população LGBTI abrirá queixa crime contra Nego do Borel e Carol Conká

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A cantora Karol Conká, atual participante do BBB21, revelou essa semana durante uma conversa com outros participantes, transmitida ao vivo pela televisão, ter sido vítima de LGBTfobia por parte do fanqueiro Nego do Borel e o caso promete ganhar um rumo policial nos próximos dias, de acordo com o ativista da causa Agripino Magalhães.

De acordo com Agripino, não é a primeira vez que o cantor é acusado de ter atitudes homofóbicas. Ele lembra que, numa outra ocasião – quando foi acusado de transfobia – o cantor foi até São Paulo pedir ajuda, ocasião em que se desculpou junto à sociedade pelo seu comportamento condenável.

Ainda segundo Magalhães, as revelações vindas a público agora demonstrariam claramente que O cantor Nego do Borel continuaria a cometer os mesmos crimes contra a comunidade LGBTI+.

– Nós repudiamos e cobramos explicações – diz Agripino.

O ativista conta a este colunista que procurou o cantor via WhatsApp antes do dia 28, data informada como prazo para um posicionamento sobre o ocorrido com a cantora Carol Conká. Na ocasião, ele explicou à coluna que se fosse confirmado o crime de LGBTfobia iria acionar a Justiça no sentido de valer a lei e os direitos da categoria.

– É nosso dever, como cidadãos, combater qualquer tipo de preconceito e discriminação – esclarece o ativista dos direitos da população LGBT1+.

Confusão entre Nego do Borel e Carol Conká

No dia 28, o cantor Nego do Borel retornou para Agripino uma explicação sobre o ocorrido. De acordo com o relato da cantora dentro da casa durante o início da sua participação no BBB, ao citar o fanqueiro ela disse: “Ele chegou e perguntou se eu sou ‘igual a essa galera estranha, esse povo aí, você é homem ou mulher, não porque eu não sei né’. Aí sabe, você tem que tratar o escroto com escrotidão, né? Aí eu falei: ‘dá a mãozinha aqui e sinta o vaginão’”, contou Karol.

Em resposta, Nego do Borel se pronunciou:

“Realmente aconteceu esse episódio, mas não foi exatamente da forma como ela falou. Isso aconteceu há muito tempo e eu não conhecia a Carol, e perguntei no sentido de como ela gostaria de ser chamada. Pois ela estava com um figurino de drag. Em nenhum momento minha intenção foi a diminuir, provocar, ou nada do tipo. Ela não me respondeu ser gay ou trans, disse que era menina, apenas isso, e a conversa terminou ali. Pedi desculpas pela pergunta e ficou tudo bem. Pelo menos pareceu ter ficado. Fico muito triste em vê-la expor de uma outra forma. Não consigo compreender após tanto tempo, ela falar sobre isso e não ser verdadeira com os fatos. Eu venho me desconstruindo há um tempo e aprendendo muito sobre os LGBTQIA+ praticando o respeito que merecem e devem ter sempre. Mas a admiro muito como profissional, e se isso a magoou dessa forma, eu peço novamente desculpas! Jamais foi minha intenção!”

A justificativa não convenceu 100% Agripino e agora ele deseja abrir as queixas crimes para colocar os dois cara-a-cara e esclarecer o caso. Ainda sobre o retorno dado pelo Nego do Borel, Agripino faz uma observação:

– Temos que apurar, pois, para quem comete o preconceito a vítima sempre fala mentiras. Só ele tem a verdade – disse. 

O processo será contra os dois, segundo Agripino, para que os cantores fiquem frente a frente de forma a esclarecer o caso à Justiça e avaliar, de fato, a responsabilidade de cada um de acordo com a versões passadas para a sociedade e a imprensa relacionadas ao fato.