A apresentadora Fátima Bernardes deixou os fãs preocupados no fim do ano passado quando anunciou que se afastaria da apresentação do Encontro, na TV Globo, para se tratar de um câncer do endométrio, região localizada dentro do útero.
O diagnóstico de Fátima foi dado após consultas regulares ao médico. A apresentadora se afastou, passou por cirurgia, se recuperou e voltou para a apresentação do Encontro. Nas redes sociais, a jornalista comemorou o sucesso da cirurgia.
O câncer que acometeu Fátima Bernardes foi diagnosticado em período inicial. À revista Quem, a médica Marcella Marinho, especialista em ginecologia e obstetrícia pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), falou sobre as chances de cura da doença.
“Em fase não invasiva, como chamamos os estágios iniciais, o câncer de colo do útero tem altas chances de cura (entre 80 e 90%). E nos casos que não existe disseminação da doença, a taxa de sobrevida, em cinco anos das pacientes adequadamente tratadas, é de 92%”, informou a doutora.
Quando a pessoa está curada do câncer?
Ao contrário do que muitos pensam, o paciente não é considerado curado do câncer após finalizar o tratamento – seja cirurgia para retirada do órgão afetado, seja quimioterapia ou radioterapia. A médica Alessandra Morelle explica isso em seu site oficial.
“Considerar o câncer curado também passa pela condição de dizer que ele não ocorra de novo. E para isso, cinco anos é uma quantidade adequada de tempo para que o câncer mostre evidência de recorrência”, informou a doutora.
Ou seja, em muitos casos de câncer, incluindo o que teve Fátima Bernardes, só é possível dizer que o paciente está curado se não houve recidiva (volta do câncer) no período de cinco anos. Finalizado o tratamento, como ocorreu com Fátima, é possível, porém, dizer que o paciente está sem sintomas e pode levar uma vida completamente normal.