Wolf Maya teria expulsado do curso aluno de cueca? Nove testemunhas serão ouvidas pelo juiz

PUBLICIDADE

O escândalo envolvendo o estudante de teatro Ricardo Figueiredo e diretor de televisão Wolf Maya ganhou um novo capítulo na semana passada: nove pessoas foram apresentadas à Justiça. Isso mesmo; essas nove pessoas são testemunhas de defesa (3) e de acusação (6) que irão agora ficar frente a frente com o juiz para relatar o que viram no dia em que Ricardo afirma ter sido expulso da Escola de Atores Wolf Maya.

O motivo, segundo o estudante, teria sido uma discussão sobre a definição da data de apresentação do trabalho final do curso. Ricardo conta que Wolf Maya não teria concordado em remarcar sua apresentação em razão de um compromisso e, por isso, exigiu a devolução do figurino que estava utilizando, deixando-o apenas de cueca do curso.

Ricardo ingressou com uma ação contra o diretor e pediu uma indenização de R$ 60 mil (R$30 mil referente a devolução do valor do curso e R$ 30 mil por danos morais). Em contrapartida, Wolf Maya se defendeu atacando e também resolveu processar o rapaz negando todas as acusações e pedindo uma indenização de R$ 30 mil.

No processo há trocas de mensagens entre Ricardo e uma funcionária identificada como Rafaella. Nas mensagens, Ricardo informa a necessidade de remarcar a data final de apresentação do curso em razão de uma viagem, o que teria sido consentido pela assistente do filme e do diretor.
Mas, segundo a defesa de Wolf Maya, Rafaella seria apenas uma assistente do curso, e não do filme, muito menos sua assistente direta para deliberar esses assuntos. Entretanto, o jovem apresentou à Justiça os créditos do filme (trabalho de conclusão final) em que o nome da moça consta como assistente.

Wolf alega que precisou pegar a roupa de volta, uma vez que precisaria destinar o figurino para outro ator compor o personagem para a finalização do filme, uma vez que haviam mais de 200 pessoas escaladas e o filme tinha prazo para ser entregue e distribuído aos festivais. Já Ricardo insiste que o diretor teria entrado em “crise de estrelismo”, momento em que teria exigido de volta o figurino antes de pedir aos seguranças para o colocassem na rua apenas de cueca.

O pedido de reconvenção feito por Wolf Maya foi aceito pela Justiça, ou seja, é quando você se defende de uma ação processando também a outra parte. Na última semana duas petições foram juntadas ao processo. Nelas constam os nomes das seis testemunhas que teriam presenciado tudo e que irão falar a favor do aluno. Confira a parte do processo em que Ricardo fala da importância das suas testemunhas: “Tem o intuito de comprovar os fatos narrados na exordial, quais sejam, a humilhação e constrangimento sofridos pela parte autora, incluindo xingamentos, utilização de palavras de baixo calão pelo SR. Wolf Maya, bem como sua expulsão da escola apenas de roupas íntimas, além de todas as outras situações narradas na peça de ingresso.”

Já no segundo documento estão relacionados os nomes de três outras pessoas que também alegam ter presenciado o fato, mas que estão a favor do diretor. Segundo Wolf, suas testemunhas serão de grande importância para o “controvertido que pretendem dirimir, sendo que as testemunhas arroladas estavam presentes no Set de gravação no momento e presenciaram o ocorrido, bem como, presenciaram o desenrolar dos acontecimentos após.” A audiência será realizada em breve.