Após uma reviravolta no caso de investigação acerca de donativos encaminhados para a Afipe (Associação Filhos do Pai Eterno), o padre Robson voltou a se complicar. De acordo com denúncia feita pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), o religioso comprou uma casa no valor de R$ 1,1 milhão com cifras de doações feitas à associação e deu para os pais morarem.
Os promotores apontam que o imóvel foi adquirido em nome de uma mulher “laranja”. Desde o início das investigações, o religioso negou existir qualquer irregularidade na administração da Afipe, onde ele atuava como reitor.
Esta nova denúncia foi anunciada na última segunda-feira (7), pelos crimes de falsidade ideológica, organização criminosa, lavagem de dinheiro, apropriação indébita dos donativos encaminhados à Afipe. Além do religioso, outras 17 pessoas foram citadas neste documento do Ministério Público de Goiás.
Defesa
Após a denúncia feita por promotores, o advogado responsável pela defesa do padre, Pedro Paulo de Medeiros, afirmou que não há novidade na intervenção do MP-GO querer interferir em uma associação privada.
O advogado ainda disse que a defesa “segue tranquila aguardando a confirmação pelo Superior Tribunal de Justiça da decisão já tomada pela unanimidade do Tribunal de Justiça, que reconheceu que padre Robson é inocente e trancou as investigações”.
Em nota, a Afipe disse que não é parte da investigação, bem como não tem conhecimento das denúncias feitas pelo Ministério Público.
Após o escândalo eclodir ao nível nacional, o padre Robson foi desligado de todas as suas atividades à frente da associação e da Basílica de Trindade.