O mito do Rei Arthur sempre atraiu pessoas de todas as idades, mas a complexidade geopolítica fez com que fosse algo de natureza mais adulta, especialmente pela busca do Santo Graau. e toda religiosidade envolvida. Isso pelo menos até 1953, quando a Disney lançou A Espada Era a Lei, desenho com a temática arthuriana.
Desde então, o cinema tem visto diversas adaptações e releituras, desde aquelas buscando os primeiros anos, como aquelas do Rei mais velho, até que uma nova adaptação britânica voltou sua atenção ao público jovem, que mais se inspirava nos contos de cavalaria. E assim nasceu O Menino Que Queria Ser Rei.
O novo longa, que começa com um belo resumo da história, como toda adaptação, tem algumas liberdades poéticas, como a espada sem linhagem de sangue, ou um Merlin que rejuvenesce com o passar do tempo; porém nada que tire a graça da história, que conta com bons efeitos especiais, um enredo minimamente bem feito e atores jovens que conseguem dar conta do recado, sem contar a participação especial de Sir Patrick Stewart, fantástico como de costume. Quem assiste se lembra um pouco de Stranger Things.
Embora previsível em seu final, o filme apresenta boas varrições, e alguns contos merecem ser recontados e esse certamente é um deles, em todas versões possíveis.
Interessante como essa versão alcançou uma linguagem que agradou a pais dessa nova geração, bem como os jovens, que não são tão fáceis de se interessar por coisas de outras gerações. Méritos do diretor e da equipe de produção.