O Fantástico, que vai ao ar pela Rede Globo nas noites de domingo, é considerado como um dos mais renomados telejornais da atualidade. Apresentado por Poliana Abritta e Tadeu Schmidt, a edição deste domingo (22) contou com a cobertura completa do caso que parou o Brasil: o assassinato de João Alberto.
Carinhosamente apelidado de João Beto, o homem de cor negra e 40 anos foi brutalmente assassinado por dois seguranças, de cor branca, em um hipermercado da rede Carrefour, na cidade de Porto Alegre (RS). O Fantástico abordou vários pontos sobre a pauta, mas, ao apresentar os antecedentes criminais dele, o telejornal acabou sendo alvo de várias críticas na internet.
Em uma parte da reportagem, o jornalista Manoel Soares disse que, após o crime, surgiram rumores de que João Alberto teria várias passagens pela polícia. O comunicador confirmou e disse que, de fato, isso era verdade, informando que a vítima tinha 25 registros policiais, sendo a maioria por violência doméstica e ameaça.
O pai do cidadão negro que foi espancado num supermercado da rede Carrefour também conversou com o #Fantástico. Onda de indignação com assassinato traz à tona uma necessidade urgente: reconhecer o mal do racismo e tomar medidas efetivas para combatê-lo: https://t.co/zZgNdNbqRw
— Fantástico (@showdavida) November 22, 2020
Embora Manoel tenha apresentado os números, logo depois fez a observação de que, claro, isso não teria nada a ver com ele ser vítima de um assassinato brutal. Porém, a narrativa do jornalista não foi o suficiente para afastar as críticas na web.
Nas redes sociais, os internautas teceram várias críticas à reportagem, ignorando a observação que foi realizada pelo jornalista. “Meu Deus do céu, a galera acha que qualquer um que tem passagem pela polícia tem que morrer espancado? Essa ficha criminal só mostra o quanto vocês são cruéis e racistas”, disse um usuário do Twitter, fazendo menção ao programa do Fantástico.