O Jornal Nacional de ontem destacou a suspensão dos testes da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, após morte de um voluntário. Renata Vasconcellos não poupou palavras ao se referir ao presidente da República durante o telejornal mais assistido da TV brasileira.
“Não foi a primeira que Jair Bolsonaro atacou a vacina desenvolvida em São Paulo. Também não foi a primeira vez que o presidente pôs os interesses políticos acima da ciência”, disse a jornalista. Em seguida, ela mudou de câmera e continuou: “mas foi o episódio mais explícito e que provocou maior repulsa”.
A politização da vacinação contra o coronavírus repercute entre especialistas da saúde e políticos. Bolsonaro foi muito criticado devido à suspensão do teste. O JN mostrou que o voluntário que morreu teria tirado a própria vida. A morte não teve ligação com os testes da vacina.
Globo sobe o tom contra Bolsonaro
A edição de ontem do Jornal Nacional foi dura e firme contra o presidente Bolsonaro. Antes da chamada de outra reportagem, Renata Vasconcellos falou em clara politização do assunto. Desde o começo da pandemia, a Globo faz uma ampla cobertura sobre o tema.
Bolsonaro, na condição de principal autoridade do país, eleito com quase 58 milhões de votos em 2020, também tem sido notícia no principal telejornal do Brasil devido às declarações polêmicas que dá desde que a pandemia começou, em março. Quando o Brasil atingiu a marca de 100 mil mortes, em um sábado, Renata e William Bonner apresentaram uma edição especial do telejornal.