Gerson de Souza estava afastado de suas funções na RecordTV havia pelo menos um ano e cinco meses. Contra o jornalista, um dos mais experientes da televisão brasileira, pairavam denúncias a respeito de assédio contra colegas de trabalho. A RecordTV optou por mantê-lo afastado como prudência, até que o caso fosse devidamente investigado.
Agora, Gerson de Souza se tornou réu na Justiça de São Paulo pelo crime de importunação sexual, em ação movida por quatro mulheres que se dizem vítimas do jornalista. Com a formalização das denúncias, a direção da emissora paulista, propriedade do bispo Edir Macedo, achou mais conveniente o rompimento contratual em definitivo.
Informações apuradas pelo portal Notícias da TV apontam que a demissão de Gerson de Souza aconteceu sem justa causa e sem qualquer justificativa. O repórter é grande conhecido dos telespectadores brasileiros em virtude de suas grandes reportagens geralmente produzidas para o Domingo Espetacular.
Para o Ministério Público, conforme a denúncia oferecida, em consonância com investigações da Polícia Civil, o jornalista teria, por “diversas vezes e de forma continuada”, dado prosseguimento ao crime de importunação sexual. Na época, 12 funcionárias da RecordTV procuraram o setor de Recursos Humanos para prestar queixa.
Em junho do ano passado, quando a notícia se tornou pública pela primeira vez, Gerson de Souza negou todas as acusações, dizendo ser vítima de falsidade. “Sou pai de cinco filhas e avô de quatro netas e é essencial para mim que mulheres tenham um ambiente de trabalho seguro”.