A edição desta sexta-feira (16) do programa Encontro com Fátima Bernardes foi marcada por profunda emoção, desencadeando choro entre os convidados. A jornalista Claudia Gaigher, uma das presentes no estúdio – por meio de videochamada -, falou a respeito da reportagem veiculada no Jornal Nacional nesta quinta-feira na qual aparece fugindo de um incêndio que se alastrou em segundos durante uma reportagem na região do Pantanal.
Contratada da TV Morena, afiliada da Rede Globo na região do Mato Grosso, Gaigher não conteve as lágrimas e acabou chorando ao vivo diante das câmeras recordando os momentos de tensão e tristeza em virtude da destruição do Pantanal pelas chamas. “A gente chora muito. Vou gravando e chorando. Tem hora que eu paro e não consigo. É a sensação de que veio uma onda de destruição. Não tem mais nada, tudo queimado e destruído”, iniciou.
Assim como os brasileiros têm acompanhado nas reportagens televisivas, a situação no Pantanal é trágica, pois os homens e mulheres que tentam combater as chamas se sentem impotentes diante da força de destruição com a qual as chamas se apresentam. “É uma sensação de impotência muito grande, porque não há o que fazer, o fogo chega de uma forma absolutamente veloz”, explicou a jornalista.
Caramba! 😰 O #Encontro de hoje já começou mostrando essas imagens impressionantes de uma nuvem de cinzas no Pantanal! pic.twitter.com/TBOIT5NrZ9
— Encontro (@Encontro) October 16, 2020
Sentimento de revolta
Claudia Gaigher demonstrou um sentimento de enorme indignação por conta da situação vivida no Pantanal. Segundo ela, a grande maioria dos incêndios se inicia de maneira ilegal, o que poderia ser controlado caso houvesse uma fiscalização adequada. A jornalista pontua que neste cenário de destruição, os que mais sofrem são as populações ribeirinhas locais, que ajudam no combate às chamas e, ao mesmo tempo estão perdendo suas fontes de subsistência.
"A gente grava e chora" foi como a repórter @claudia_gaigher descreveu a situação do Pantanal. Triste demais! #Encontro pic.twitter.com/JknPsvn8zd
— Encontro (@Encontro) October 16, 2020
O coronel Angelo Rabelo, que mora na região e está auxiliando no combate ao fogo, também não conteve a emoção e desabou em lágrimas. “Saí de lá há poucas horas e ainda carrego essa paisagem de cinzas, de animais morrendo, e isso com certeza em um momento de forte emocionalmente. Mas não nos faltará força”, pontuou.