Responsável por testemunhar na investigação acerca do crime de assassinato do pastor Anderson de Carmo, um homem denunciou à polícia que uma bomba caseira foi jogada em sua casa na madrugada da última sexta-feira (04). O caso foi revelado pelo G1. A investigação do caso está sob comando da delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI).
Nas investigações de Polícia Civil e do Ministério Público, a deputada federal Flordelis é a principal suspeita de ter ordenado o assassinato do próprio esposo. Mesmo tendo sido denunciada pelo crime, ela não foi presa por possuir imunidade parlamentar. A prisão da deputada só pode ser executada em caso de perda de mandato
Na mira do Conselho de Ética
Diante do cenário de acusação, a Comissão de Ética da Câmara dos Deputados já iniciou um processo de análise do caso, e pode determinar a cassação do mandato de Flordelis. O projeto ainda precisa do aval do plenário, mas até o momento a sinalização dos partidos é positiva para aprovar o pedido.
O caso de Flordelis será encaminhado para a corregedoria da Câmara, que ficará responsável por elaborar um relatório e enviará para análise da Mesa Diretora. Na sequência, o curso do pedido volta ao Conselho de Ética para a decisão. A parlamentar ainda terá 10 dias para apresentar sua defesa por escrito.
Prisões distintas
Na última sexta-feira (4), a Justiça do Rio determinou que os filhos de Flordelis, que estão presos por serem suspeitos no crime de assassinato de Anderson do Carmo, fiquem em presídios diferentes. Antes da decisão, os sete filhos da deputada estavam em duas penitenciárias diferentes, uma para homens e outra para mulheres.
No entanto, segundo a nova determinação do juiz, os outros seis irmãos devem ficar longe de Flávio, principal suspeito de ter executado os disparos que ceifaram a vida do pastor. A decisão visa impossibilitar uma possível manipulação das provas e depoimentos acerca do crime.