Finalmente a Globo voltou a gravar suas novelas. A direção da emissora tomou todas as providências, avaliando as condições para retornar com seus trabalhos que se encontravam paralisados por causa da pandemia do coronavírus. Tudo aconteceu conforme previsto pela equipe, todas as cenas foram gravadas no prazo determinado pelo Acompanhamento Artístico da Emissora sem nenhuma intercorrência. Segundo eles, se tudo permanecer assim, pode ser que as gravações terminam em novembro. As cenas só serão exibidas em 2021.
O ritmo lento tem explicação, antes eram gravadas vinte e cinco cenas por dia, atualmente são apenas dez. A redução nas cenas é para diminuir a circulação de atores no set de gravações, dessa forma, poder controlar uma possível contaminação do coronavírus entre os colabores da Globo. Todos os envolvidos na retomada das gravações fizeram o teste para COVID-19 antes de voltarem ao trabalho e, a cada semana os exames serão repetidos respeitando o protocolo da casa.
Outra providência tomada para proteger os envolvidos, foi disponibilizar camarins independentes, por conta disso, as gravações estão acontecendo lentamente. Quem está bastante feliz em poder voltar ao trabalho, é a atriz Regina Casé, a protagonista ficou emocionada ao se caracterizar para sua personagem novamente: “Ave Maria, que emoção!!! Olha com quem eu passei o dia todo hoje! Sim! Com ela, Dona Lurdes! Estava morrendo de saudade dessa mulher.”
Segundo Regina, ela teve medo de perder tudo, sem gravar desde dia 14 de março, achou que perderia o sotaque e o jeitinho da Lourdes. Mas, ainda bem que se enganou, foi só vestir o figurino que a nordestina reviveu, relatou em suas redes sociais. Regina destacou que a peça mais nova do guarda-roupas nesse momento são as máscaras.
As gravações dos folhetins agora terão que respeitar algumas regras com o “novo normal”. Beijos serão evitados, se precisar poderá ser usado recursos digitais. “O brasileiro é caloroso e isso se reflete nas tramas. Com as limitações, a novela pode deixar de ser como a conhecemos”, explicou Nilson Xavier, crítico em TV.