A família da modelo Eliza Samúdio, morta há dez anos, carrega consigo até os dias de hoje o sofrimento pela falta de respostas sobre o paradeiro da jovem. Sônia Samúdio, a mãe, não se conforma pelo fato do corpo de sua filha até hoje não ter sido encontrado. Enquanto isso, sofre por ver o pivô do crime, o goleiro Bruno Fernandes, retornar para o futebol.
Após ser condenado, em 2013, a 22 anos e três meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, o jogador está de volta ao futebol. Cumprindo pena em regime semiaberto, foi contratado pela equipe Rio Branco-AC. Sônia Samúdio não esconde a revolta que guarda consigo sobre a notícia recente. “É como se ele estivesse matando a Eliza de novo”, diz Sônia, em entrevista ao Delas.
O desabafo de Sônia Samúdio
A mãe de Eliza é bem clara sobre quanto ao retorno de Bruno ao futebol. Para ela, o condenado não deveria nunca mais retornar para o esporte. “Quando ele volta, passa a ser aclamado, aplaudido e admirado”, desabafa, lamentando o fato de muitas pessoas defenderem o esportista, mesmo diante do bárbaro crime cometido.
A situação mais dolorosa, comenta Sônia, é explicar para o neto, Bruninho, filho de Eliza e Bruno, qual o paradeiro de sua mãe. O garoto hoje está com 10 anos de idade. “Ele perguntou para mim: ‘Onde a minha mãe está enterrada?’ Eu tive que falar que não sabia, porque o assassino sumiu com o corpo da minha filha — e isso dói muito”, comenta.
Sônia não esconde de Bruninho o bárbaro crime envolvendo sua mãe. A avô opta por ser realista diante da possibilidade de nunca haver uma resposta quanto ao paradeiro do corpo da modelo.