‘Morreu porque tinha que morrer’, diz o médico que operou MC Atrevida, morta durante procedimento estético

PUBLICIDADE

Informações apuradas pelo jornal O Dia apontam que o médico Wilson Ernesto Garlaza Jara prestou depoimento nesta segunda-feira (3) a respeito da morte da funkeira MC Atrevida. Em uma cadeira de rodas, o equatoriano chegou a delegacia de Vila Isabel, no Rio de Janeiro. Recentemente, o profissional foi vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

‘Morreu porque tinha que morrer’

Em um dos trechos de seu depoimento, Garlaza disse para as autoridades que já realizou ao menos 4,6 mil procedimentos estéticos ao longo de sua trajetória profissional. No caso de MC Atrevida, a funkeira ”morreu porque tinha que morrer, já que são circunstâncias da vida”, conforme declarou.

De acordo com André Neves, delegado incumbido de investigar o caso da morte da funkeira, o objetivo das apurações neste momento é encontrar evidências de crimes além do erro médico, como a imputação de um fato delituoso.

“Estamos aguardando resposta oficial do Conselho Regional de Medicina e vamos colher outros depoimentos. Se ficar constatado que ele não tinha expertise para realizar um procedimento cirúrgico, a investigação pode ir por essa linha de não só um erro médico, como a imputação de um fato delituoso”, pontuou.

AVC

De acordo com os advogados de defesa, o médico foi acometido por um AVC três dias depois da cirurgia de Fernanda Rodrigues. Embora não esteja em lucidez para prestar depoimentos, teria ido até à delegacia para “mostrar a boa vontade”, ainda segundo os advogados.

MC Atrevida faleceu aos 43 anos no último dia 27 de junho. Ela foi vítima de uma hidro-lipoaspiração na clínica Rainha das Plásticas. Desde então, a partir do dia 31 do mesmo mês, o estabelecimento segue em interdição pela prefeitura do Rio de Janeiro e Vigilância Sanitária.