Quando o público vê William Bonner aos finais de semana na tela da Rede Globo de Televisão, já sabe que há algo de errado acontecendo. Isso porque o âncora e editor-chefe do Jornal Nacional se apresenta apenas, oficialmente, de segunda à sexta-feira na emissora carioca.
Aos sábados, Bonner e sua companheira de bancada, Renata Vasconcellos, são substituídos por outros dois jornalistas, que de vez em quando variam, e aos domingos é exibido o Fantástico, um dos grandes sucessos da TV Globo aos finais de semanas.
Bonner, inclusive, já esteve no quadro de funcionários do Fantástico, mas logo deixou o programa para assumir a bancada do programa jornalístico mais visto do Brasil, o Jornal Nacional.
Neste domingo, 5 de julho, no entanto, o âncora do JN voltou ao Fantástico para dar uma notícia inesperada. O Fantástico reservou alguns minutos desta última edição para noticiar a morte de José-Itamar de Freitas, que foi diretor do programa por 14 anos.
Como já assumiu a apresentação de parte do dominical com Freitas de diretor, Bonner fez parte do momento em que a notícia foi dada e aproveitou para relembrar a trajetória do conceituado diretor.
“José-Itamar de Freitas foi quem me chamou para trabalhar no Fantástico em 1988… Ao programar o Fantástico no domingo, ele deixava um tempo reservado para as notícias do fim de semana, e dizia lá em que tempo ele imaginava que seria bom aquela notícia entrar, e que tipo de notícia… Uma notícia policial do Brasil, aqui. Uma notícia internacional, mais leve, aqui“, relembrou o âncora do JN.
“O José-Itamar tinha a receita do que era o Fantástico ideal. Mas acho que só era possível porque ele tinha o Fantástico na cabeça dele“, concluiu.
A reportagem do Fantástico em homenagem ao seu ex-diretor também teve a presença de outros artistas, como Gloria Maria e Sérgio Chapelin, que também já foram comandados pelo falecido. José-Itamar faleceu aos 85 anos, vítima da Covid-19.