O Ministério da Igualdade Racial divulgou uma nota oficial em resposta ao episódio envolvendo a cantora Ludmilla e o apresentador Marcão do Povo. O comunicado foi emitido após declarações recentes do comunicador em rede nacional, retomando a polêmica iniciada em 2017.
Naquele ano, o apresentador utilizou uma expressão racista ao se referir à artista, fato que resultou em processo judicial e em sua demissão da emissora. Em nova aparição, Marcão do Povo afirmou ter sido inocentado das acusações, versão contestada pela cantora em suas redes sociais.
Nota oficial condena ataque racista
A ministra Anielle Franco assinou o documento em que o governo declara solidariedade à Ludmilla e reforça que o racismo é crime previsto em lei. O texto afirma que práticas discriminatórias não podem ser relativizadas e representam uma ameaça direta à dignidade humana e ao funcionamento da democracia.
O comunicado também alerta que liberdade de expressão não deve ser confundida com autorização para ofensas ou discursos de ódio. O ministério destacou que cabe ao Estado agir de forma firme no enfrentamento ao racismo e garantir que episódios como este sejam tratados com rigor.
Racismo como ameaça à democracia
O caso reacendeu o debate sobre a responsabilidade de figuras públicas em espaços de grande visibilidade. Para o Ministério da Igualdade Racial, ataques raciais não podem ser tolerados e devem ser combatidos de maneira contundente. A nota concluiu que o racismo, em qualquer ambiente, reforça desigualdades históricas e compromete a construção de uma sociedade democrática e justa.
