A Globo estaria enfrentando desafios na venda das primeiras cotas publicitárias para o novo programa de Eliana Michaelichen, chamado Em Família, conforme foi revelado pelo colunista Gabriel Oliveira, de O Dia. Este contratempo não surpreende o mercado, pois a TV aberta lida com a crescente transferência de investimentos para o ambiente digital.
O dilema reflete uma mudança estrutural no mercado, onde o digital ganha cada vez mais peso nas estratégias comerciais, como o Globo Ads. A complexidade do cenário de vendas levou a emissora a recorrer a métodos inusitados, como publicidade direcionada no Instagram para atrair a atenção de agências, conforme revelado por Gabriel Oliveira.
Tal notícia foi confirmada pelo Notícias da TV. Segundo o portal, fontes do mercado explicam que a dificuldade transcende a queda nos números de audiência da Kantar Ibope, que é apenas o ponto de partida do problema. Embora grandes formatos sigam vendendo cotas, até o BBB26 não tem a mesma facilidade de anos anteriores, evidenciando que a audiência menor implica em menos dinheiro.
A revolução da personalização digital
O fator decisivo para a dificuldade está na incapacidade da TV aberta de oferecer a hiperpersonalização que os anunciantes encontram nas plataformas digitais. Um executivo de contas explicou à reportagem do Notícias da TV que atualmente prevalece a percepção de desperdício ao investir grandes somas em intervalos de domingo, atingindo apenas uma fração do público-alvo, mesmo com os dados robustos do Ibope sobre gênero e classe social.
Os anúncios nativos nas mídias digitais se mantêm mais acessíveis do que os da TV e proporcionam a vantagem crucial de dialogar com indivíduos, e não com multidões. Em vez de um grande investimento na televisão, uma marca pode aplicar um valor menor no Instagram e garantir que quase 100% das entregas alcancem exatamente o público desejado.
Big Brother Brasil tem vantagens
O BBB se estabelece como uma exceção, pois suas ações permitem uma vida útil prolongada através dos cortes que migram para as redes sociais. O anunciante que patrocina uma prova colhe benefícios não apenas com a exibição na TV, mas também com os milhares de perfis que replicam a dinâmica em plataformas como TikTok e Instagram para milhões de seguidores.
A Globo segue relevante, mas precisa disputar a atenção de marcas que, no presente, priorizam a precisão dos dados em detrimento da exposição em massa, segundo as análises do mercado veiculadas pelo Notícias da TV.
