Influenciador Hytalo Santos nega acusações de exploração de menores em depoimento à Justiça

Criador de conteúdo afirma que vídeos exibiam apenas a cultura da periferia; defesa pede revogação da prisão.

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O influenciador digital Hytalo Santos prestou depoimento à Justiça e negou as acusações de produção de conteúdo adulto envolvendo menores de idade. Trechos da audiência foram exibidos no domingo (30/11) pelo programa Fantástico.

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) investiga o criador de conteúdo e seu marido, Israel Vicente, por suposto tráfico de pessoas e crimes relacionados à exploração sexual de adolescentes. Durante sua fala, Hytalo afirmou sentir-se injustiçado pelo processo, alegando ter ajudado os jovens que participavam das gravações em sua residência.

Em sua defesa, o influenciador argumentou que os vídeos, que mostravam coreografias de brega funk, retratavam apenas a cultura da periferia e não possuíam conotação erótica: “Eu nunca cheguei a gravar vídeos com cenas porn0gráfic4s nem com cunho sexual. E a gente só gravava a nossa rotina com a cultura de periferia, que é de onde eu venho”.

Hytalo Santos foi questionado sobre seu material de trabalho

Os investigadores questionaram se o influenciador tinha ciência de que o material poderia ser interpretado como conteúdo adulto pelo público. Hytalo respondeu mencionando o alto engajamento das publicações. Além disso, negou ter recebido qualquer valor com os vídeos dos menores, afirmando que sua fortuna veio de publicidade e das rifas que organizava.

Sobre o pagamento aos pais dos adolescentes, Hytalo disse que o fazia por se sentir no direito, mas que não era uma obrigação. A defesa dos influenciadores busca a revogação da custódia, sustentando que não houve crime na produção das imagens.

Advogado de Hytalo Santos se pronunciou sobre caso

O advogado Sean Kombier Abib argumentou: “Eles podem ser vistos como sensuais, mas a lei não criminaliza o ato sensual. Ela criminaliza o ato pornográfico. E a porn0grafi4 não está demonstrada”.

Paralelamente à esfera criminal, o Ministério Público do Trabalho (MPT) move uma ação acusando a dupla de submeter os adolescentes a condições análogas à escravidão e de manter um esquema ilícito. O processo segue em andamento, enquanto os acusados permanecem à disposição da Justiça. As informações são de Karol Gomes, do portal Leo Dias.