Jair Bolsonaro tem um novo problema para resolver. Detido de forma preventiva, ele tem, através de sua defesa, um prazo de 24h para se manifestar acerca do uso de celular por parte do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que esteve na residência do ex-presidente um dia antes do decreto de prisão preventiva.
Mesmo o antigo chefe do Executivo estando no regime domiciliar, o STF já tinha determinado a proibição do uso de celulares por parte dos visitantes. Em imagens flagradas por drones da TV Globo, Nikolas aparece ao lado do ex-presidente utilizando o aparelho. Diante disso, o ministro Alexandre de Moraes deu um prazo para a defesa de Bolsonaro se pronunciar.
Nikolas se manifesta
Procurado por uma equipe de reportagem do jornal Estado de Minas, Nikolas disse que não recebeu nenhum tipo de aviso quanto à proibição de celular, seja do judiciário, ou até mesmo dos agentes que eram responsáveis por fazer a vigilância na residência do ex-presidente.

Ainda no posicionamento, o parlamentar subiu o tom contra a atitude da Globo, sobre a captação da imagem. Na visão de Nikolas, a emissora “violou gravemente a privacidade“, tendo conduta invasiva que é mais grave do que o próprio uso do celular.

Bolsonaro segue em preventiva
No dia seguinte à visita de Nikolas Ferreira, Jair Bolsonaro teve prisão preventiva decretada pelo STF e Polícia Federal. A decisão tomada pelo ministro Alexandre de Moraes foi um “combo”de situações envolvendo o ex-presidente. Primeiro, o fato do filho do ex-governante, o senador Flávio Bolsonaro (PL), ter convocado uma vigília em frente ao condomínio.
Horas depois, Bolsonaro tentou violar a tornozeleira eletrônica, que foi sancionado a usar desde agosto no regime de prisão domiciliar. No depoimento durante audiência de custódia, ele condicionou a atitude a um quadro de alucinação, por conta do tratamento com remédios fortes.
