O ator alemão Udo Kier, conhecido por sua longa carreira no cinema internacional, morreu aos 81 anos neste domingo (23). A informação foi divulgada pela revista Variety e confirmada pelo companheiro do artista, Delbert McBride. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Kier tinha uma relação especial com o cinema brasileiro, tendo trabalhado com Kleber Mendonça Filho em dois filmes recentes. Ele interpretou o vilão Michael em Bacurau (2019) e participou de O Agente Secreto, atualmente em cartaz e concorrendo a uma vaga no Oscar.
Com mais de 200 produções no currículo, Kier marcou presença em diferentes gerações e estilos cinematográficos. O ator trabalhou com diretores renomados como Lars von Trier, Gus Van Sant, Werner Herzog, Dario Argento e Paul Morrissey.
Os melhores trabalhos do veterano
Entre seus trabalhos mais lembrados estão os filmes Carne para Frankenstein (1973) e Sangue para Drácula (1974), ambos dirigidos por Morrissey e produzidos por Andy Warhol. Nessas produções, Kier destacou-se pela combinação única de horror, humor e estranheza, consolidando-se como ícone do cinema de vanguarda.

Nos anos 1990, o ator ganhou ainda mais reconhecimento internacional ao atuar em Garotos de Programa (1991), de Gus Van Sant, ao lado de River Phoenix e Keanu Reeves. Na mesma década, começou a parceria com Lars von Trier, participando de filmes como Epidemia (1995), Europa (1991), Ondas do Destino (1996) e Dançando no Escuro (2000). Kier continuou a colaborar com o diretor em Dogville (2003), Melancolia (2011) e Ninfomaníaca 2 (2013).
Legado e influências
Udo Kier teve uma carreira marcada pela diversidade de papéis e estilos cinematográficos. Ele transitou entre o cinema experimental, independente, mainstream e fantástico com a mesma intensidade.
Sua filmografia inclui trabalhos que se tornaram referência no cinema underground e cult. O ator também participou de grandes séries e produções internacionais que ampliaram seu reconhecimento global.
