Durante a exibição do programa Angélica ao Vivo na quinta-feira (20/11/2025), a atriz Paolla Oliveira abordou as constantes expectativas da sociedade em relação à maternidade. A artista esteve presente na atração ao lado de outros convidados, como Clara Moneke, Maíra Azevedo e Rômulo Estrela.
O debate central girou em torno da autonomia feminina sobre o próprio corpo e as decisões reprodutivas, trazendo à tona como a pressão externa pode afetar o bem-estar emocional das mulheres que optam por adiar ou não vivenciar a maternidade.
A discussão teve início quando a apresentadora questionou Paolla sobre a maneira como ela lida com o escrutínio público referente ao casamento e à procriação. Angélica indagou diretamente: “Pra gente que te cobra casamento e filhos, o que você responde?”. Em resposta, a atriz admitiu que, em momentos anteriores de sua vida, esse tema gerava desconforto e uma sensação de inadequação, mas que sua perspectiva mudou ao longo do tempo, alcançando um estado de maior tranquilidade em relação às suas escolhas pessoais.
Reflexão sobre cobranças sociais
Paolla explicou que a ausência de uma resposta definitiva costumava ser fonte de ansiedade e insegurança. Ela ressaltou como a observação de outras trajetórias femininas a ajudou a perceber que não estava isolada em seus sentimentos. Durante o programa, ela afirmou: “Eu já passei tanto aperto por não saber o que responder, por ter vergonha de responder, por ficar sem lugar, por achar que eu era menos mulher, menos importante dentro da sociedade por conta disso. E agora é tão bom, né? A gente estava falando de mulheres fortes, que nos inspiram, daí você vai olhando para o lado e vai vendo que você não está sozinha. 37% das mulheres é uma opção delas não ter filhos”.
Além de discutir o impacto emocional, a atriz mencionou medidas práticas que tomou em relação à maternidade. Ela revelou ter realizado o procedimento de congelamento de óvulos, o que oferece a possibilidade de ter filhos no futuro, caso decida por esse caminho. Essa ação representa uma forma de manter o controle sobre o próprio tempo e desejos, sem ceder a imposições imediatas ou cronogramas biológicos, permitindo que a decisão seja tomada com cautela e planejamento.
Liberdade de escolha e decisão
Ao concluir sua participação sobre o tema, Paolla enfatizou que a decisão cabe unicamente ao indivíduo e que o valor da mulher não está atrelado à maternidade. Ela reforçou seu posicionamento atual de manter as opções em aberto, sem se sentir obrigada a seguir um padrão preestabelecido. A atriz declarou: “Então, é válido. Quem sabe da gente é a gente, quem sabe se quer ter filhos ou não, se é a hora, se não é, quantos são… Somos nós. Hoje em dia eu respondo: não sei, tenho possibilidades, eu congelei óvulos. Eu tenho uma escolha porque eu quero ter. E se eu não quiser ter filhos, não teremos, e não somos menos importantes por isso”.