O documentário da Netflix intitulado Caso Eloá: Refém ao Vivo gerou uma intensa discussão e grande repercussão nas plataformas sociais recentemente. O filme narra os eventos que culminaram no assassinato de Eloá Cristina Pimentel em 2008, cometido por seu ex-namorado, Lindemberg Alves.
Além de incluir entrevistas com amigos, a produção também apresenta o depoimento de Everaldo Pereira, pai da vítima, que relata suas memórias e reflexões sobre o relacionamento conturbado entre Eloá e Lindemberg. Ele afirmou que passou a gostar do jovem por sua aparente sinceridade e chegou a tratá-lo como um filho, fazendo tudo o que estivesse ao seu alcance para ajudá-lo.
Eloá estava assustada
Com o tempo, Everaldo percebeu que algo não estava bem com a filha, que demonstrava constante medo quando estava na rua. Ele contou que, ao buscá-la na escola, observou seu comportamento e notou que ela se assustou ao ver uma moto, momento em que suspeitou que ela estivesse temendo a presença do ex-namorado.
Em outro trecho da produção, o pai de Eloá relatou que confrontou Lindemberg Alves após saber que ele havia agredido a jovem. Segundo Everaldo, Lindemberg bateu nas costas dela e, mesmo assim, negou repetidamente a agressão, olhando diretamente para ele enquanto insistia que Eloá estaria exagerando.
Momento em que Everaldo recebeu a notícia
Ele encerrou o relato contando como ficou sabendo da morte da herdeira. “Quando eu soube que ela tinha sido alvejada, foi pelo meu filho, Ronickson [irmão mais velho de Eloá]. Ele falou: ‘Pai, ela tomou dois tiros’. E eu perguntei por ele [Lindemberg]: ‘Balearam ele?’. Ele [filho] falou: ‘Não, pai. A Eloá que tomou dois tiros’. Ali eu perdi o chão, desmaiei“, revelou.
