O músico Jards Macalé foi velado na Sala Sidney Müller, no Palácio Capanema, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (18). O artista, conhecido por sua irreverência e criatividade na música brasileira, morreu na segunda-feira (17), aos 82 anos, após sofrer uma parada cardíaca enquanto tratava um enfisema pulmonar. Familiares, amigos e admiradores compareceram ao local para se despedir.
Durante o velório, o produtor Caio Bucker relembrou momentos marcantes ao lado do cantor. “Macalé vai fazer muita falta”, disse ele ao recordar almoços de domingo, apresentações e conversas sobre arte e vida. O relato emocionado destacou o carinho mútuo e a parceria que os dois mantiveram por décadas, reforçando a importância afetiva que Macalé tinha para seus amigos mais próximos.
Artistas marcam presença e consolam viúva
Outros artistas também estiveram presentes para prestar homenagens. O ator Luis Miranda lembrou da irreverência e liberdade que marcaram a trajetória do músico. “(Jards será lembrado) pela música, ousadia, viagens e a liberdade que atravessou tantas vidas”, disse o ator. Emocionada, Emanuelle Araújo compareceu acompanhada do marido para reverenciar o amigo com quem dividiu projetos artísticos.
Além das despedidas pessoais, coroas de flores enviadas por artistas como Frejat foram expostas no local. A família organizou ainda uma mesa com quadros e objetos pessoais de Macalé, permitindo que os presentes revisitassem momentos simbólicos da vida do artista. O velório, aberto ao público, seguiu até as 15h e reuniu fãs que acompanharam sua carreira por décadas.
Trajetória na música
A trajetória de Jards Macalé marcou profundamente a música brasileira. Autor de canções como Vapor Barato e Mal Secreto, ele construiu uma obra que atravessou gerações com experimentações, lirismo e resistência criativa. Seu legado permanece vivo entre músicos, fãs e estudiosos que veem em sua produção um símbolo de autenticidade e liberdade artística.