Durante o documentário Meu Ayrton por Adriane Galisteu, lançado pela HBO Max, a apresentadora compartilhou episódios marcantes de sua juventude. Entre os relatos, está a convivência com o irmão dependente químico e a mãe emocionalmente fragilizada, após a morte do pai. A situação dentro de casa se tornou insustentável.
Com o avanço do vício do irmão, o ambiente familiar passou a ser marcado por tensão e medo. A mãe, tentando proteger o filho, permitia o uso de drogas dentro de casa e, em determinado momento, passou a buscar os entorpecentes para ele. Sem espaço para diálogo ou acolhimento, Galisteu começou a se afastar.
Galisteu fugia do próprio lar como forma de sobrevivência
A apresentadora relatou que, diante do caos, buscava refúgio fora de casa. Passou a frequentar a casa de amigos, namorados e conhecidos, evitando permanecer no ambiente familiar. A rotina de fuga se tornou constante, como uma forma de preservar sua própria saúde emocional. Segundo ela, o comportamento do irmão mudou drasticamente com o avanço da dependência.
Galisteu contou que o irmão, antes uma pessoa doce, passou a agir com agressividade. A mãe, sobrecarregada e sem apoio, assumiu o papel de mediadora silenciosa, tentando manter o controle da situação. “Minha mãe buscava drogas para ele, quem ia era ela. Eu me escondia na casa de amigos, de namorados, de conhecidos. Era minha única saída”, revelou no documentário.
Sobrevivência emocional diante da perda
A morte do irmão, aos 28 anos, vítima de pneumonia decorrente da Aids, marcou profundamente a apresentadora. Ela associou os traumas vividos à falta de recursos e passou a focar intensamente em ganhos financeiros. O documentário revela como a rotina de fuga e o silêncio moldaram sua trajetória pessoal e profissional.
