No documentário Meu Ayrton por Adriane Galisteu, lançado pela HBO Max, a apresentadora compartilhou episódios marcantes de sua infância e juventude. Entre as lembranças mais dolorosas, está a trajetória da mãe, que enfrentou sozinha o alcoolismo do marido, a dependência química do filho e a responsabilidade de manter a família unida.
Galisteu contou que o pai, Alberto, começou a beber após sofrer um prejuízo financeiro com um sócio na gráfica onde trabalhava. A bebida se tornou um problema grave, e a mãe, sem apoio, precisou lidar com as consequências. Após a morte do marido, quando Adriane tinha 15 anos, o filho Alberto Filho mergulhou no vício, agravando ainda mais a situação doméstica.
A dor silenciosa da mãe diante do vício do filho
Segundo a apresentadora, a mãe não conseguiu perceber os sinais da dependência do filho. Com dificuldades financeiras e emocionalmente abalada, ela passou a permitir o uso de drogas dentro de casa para evitar que ele se arriscasse nas ruas. “Meu irmão era um cara doce e começou a ficar agressivo. Então ela começou até a buscar drogas para ele, quem ia era ela”, revelou.
Galisteu relatou que a mãe nunca conseguiu dividir sua dor com ninguém, nem com a própria filha. A sobrecarga emocional e o medo constante fizeram com que ela tomasse decisões extremas. Diante do caos, Adriane buscava refúgio fora de casa, enquanto a mãe tentava manter o controle de uma rotina marcada por sofrimento e silêncio.
O impacto da perda no caminho de Galisteu
A apresentadora também refletiu sobre como os traumas influenciaram sua relação com o dinheiro. Ela acreditava que os problemas da casa estavam ligados à falta de recursos e, por isso, passou a focar intensamente em ganhos financeiros. “Eu ia atrás do dinheiro e fiquei muito tempo assim”, afirmou. O documentário revela não apenas a história de amor com Ayrton Senna, mas também os bastidores de uma vida marcada pela força de uma mãe diante da dor, da perda.
