Amigos próximos de Ayrton Senna voltaram a falar sobre um episódio delicado que marcou os últimos dias de vida do piloto. De acordo com depoimentos exibidos no documentário Meu Ayrton, a família do tricampeão preparou um dossiê contra Adriane Galisteu, então namorada do ídolo na época, com o objetivo de separá-los.
O material, entregue a Ayrton Senna poucos dias antes de sua morte, continha gravações telefônicas, obtidas por meio de grampos feitos na casa do piloto, com conversas de Adriane Galisteu com um ex-namorado, segundo relataram amigos do piloto.
Amigos de Senna falam sobre conteúdo do dossiê feito contra Galisteu
A antiga assessora de imprensa de Senna, Betise Assunção, afirmou que a família desaprovava o relacionamento de Ayrton com Galisteu e destacou que a interferência era constante. “Obviamente, eu sabia que a família não gostava da Adriane. Nunca gostaram de nenhuma namorada”, relatou. Segundo ela, o clima de tensão se estendeu por todo o namoro, com tentativas de afastar o casal.
A amiga do piloto, Luiza Braga, viúva do banqueiro Braguinha, também relatou detalhes sobre o conteúdo do dossiê. Segundo ela, as gravações mostravam conversas triviais entre Adriane e um ex-namorado, sem nada comprometedor. “Em determinado momento ele pergunta quem era melhor de cama e ela ria, não respondia”, contou. “Depois, teve ligação do ex-namorado dizendo que Ayrton era cafona por conta das roupas que usava”, disse Luiza, que revelou ainda que o próprio Ayrton reagiu com leveza após ouvir as fitas, afirmando que resolveria o assunto de forma descontraída com a namorada.
Poucas pessoas tiveram acesso ao dossiê
Os amigos afirmaram que apenas os familiares e Braguinha tiveram acesso às gravações, e que o objetivo era abalar a confiança de Senna em Galisteu. “O Braga até falou para mim: ‘Garotinha, não tinha nada de especial ali. Era um ex-namorado que ligou”, recordou Betise. Apesar das tentativas da família, o piloto manteve-se ao lado de Adriane até o fim, sem dar importância às acusações, conforme apontaram os amigos. No documentário, Galisteu preferiu não comentar o episódio.
