Treze anos após o sucesso de Avenida Brasil, o ator Emiliano D’Avila relembrou sua primeira grande experiência na TV durante o podcast O Ator Nordestino. Ele contou que, apesar da visibilidade trazida pela novela, os bastidores foram marcados por um clima difícil e falta de acolhimento. “Foi um furacão de emoções, tanto positivas quanto negativas”, afirmou, destacando que não recebeu o suporte esperado da direção e se sentiu em um ambiente “extremamente tóxico”.
Segundo D’Avila, havia comportamentos abusivos e gritos no estúdio, algo visto como normal na época. “Hoje, essas atitudes não seriam toleradas. Naquele tempo, era comum o assédio moral e o abuso profissional”, relatou. O ator explicou que as mudanças recentes no mercado audiovisual trouxeram mais consciência sobre o respeito nas relações de trabalho.
Bastidores e convivência com o elenco
Mesmo com críticas à condução dos bastidores, o artista citou convivência positiva com colegas de elenco. Ele afirmou ter tido a “sorte de ter um elenco muito querido”. Sobre o clima entre os atores, acrescentou: “A gente era muito carinhoso um com o outro, muito aberto.”
D’Avila também comparou a experiência na televisão com períodos no palco e em série anterior, observando diferenças na dinâmica de criação: “Nós éramos aqueles personagens, todo mundo sabia do nosso trabalho e o nosso trabalho era o carro-chefe. Na novela, não.” Em outro trecho, descreveu a chegada ao set: “Eu entro para fazer aquele personagem, daquele autor, naquele contexto, e eu caio meio de paraquedas.”
Trajetória e impacto da novela
O ator contou que o convite para o teste em Avenida Brasil ocorreu após sua participação em Clandestinos. “João Emanuel Carneiro que escreveu ‘Avenida Brasil’ é casado com o Carmo Dalla Vecchia, que assistiu ‘Clandestinos’, gostou muito, recomendou. Aí eu fiz o teste e entrei para a novela”, afirmou. Exibida originalmente em 2012, a trama se consolidou como um dos maiores sucessos da TV Globo, com o capítulo final alcançando média de 56 pontos no Ibope.
