Autor de Tremembé rebate críticas de Cristian Cravinhos e mostra provas de relação citada na série

Ulisses Campbell defende veracidade de sua obra e exibe cartas e objetos que, segundo ele, comprovam os fatos mostrados na produção.

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A série Tremembé, que estreou recentemente no Prime Video e é inspirada nos livros do jornalista Ulisses Campbell sobre fatos reais, segue gerando debates acalorados na esfera pública. A produção foi alvo de críticas por parte de Cristian Cravinhos, um dos indivíduos retratados, que a qualificou como ‘mentirosa’. A contestação específica de Cravinhos se refere ao suposto relacionamento entre ele e outro detento, conforme a série sugere.

Em resposta direta a essa alegação, o autor das obras originais, Ulisses Campbell, utilizou suas redes sociais para se defender de maneira incisiva. Campbell postou imagens de objetos que, em sua visão, confirmam a autenticidade dos eventos narrados na produção e em seus livros.

O jornalista destacou a importância das provas materiais no contexto do jornalismo, especialmente em histórias de natureza polêmica, afirmando: “No jornalismo, um testemunho gravado não basta para publicar uma história, sobretudo quando ela é controversa. Muitas vezes é necessário apresentar provas materiais.” Entre as evidências exibidas, ele mostrou uma calcinha e uma carta alegadamente pertencentes a Cravinhos, indicando que esses itens dão suporte aos relatos contidos em seu trabalho.

Carta de amor em meio à polêmica

Entre as mensagens divulgadas, uma delas foi escrita por Cristian Cravinhos para Dudinha em 12 de junho de 2016. No texto, o preso demonstrava afeto e gratidão, agradecendo pelos momentos compartilhados e descrevendo a companheira como um ‘presente de Deus’. Em outro trecho, ele agradecia por fazê-lo sentir-se bem consigo mesmo e por dividir com ele carinho, amor e amizade.

Condenação de Christian Cravinhos

Christian Cravinhos foi condenado em julho de 2006, pelo Tribunal do Júri de São Paulo, a 38 anos e 6 meses de reclusão em regime fechado, por dois homicídios duplamente qualificados (contra Manfred e Marísia von Richthofen), fraude processual e furto simples, no contexto do caso Richthofen. A pena foi mantida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em 2007.

Além disso, em 2018, ele recebeu uma condenação adicional de 4 anos por tentativa de suborno a policiais, o que interrompeu temporariamente sua progressão de regime. Em março de 2025, após mais de 20 anos preso, progrediu para o regime aberto e cumpre o restante da pena em liberdade.