O cantor e compositor Lô Borges, um dos fundadores do lendário movimento musical Clube da Esquina, morreu aos 73 anos, em Belo Horizonte, na noite de domingo (2). Segundo boletim divulgado pela Unimed, o artista faleceu às 20h50, vítima de falência múltipla de órgãos.
Lô estava internado desde o dia 17 de outubro, após sofrer uma intoxicação medicamentosa. A morte do músico foi confirmada por familiares e pela assessoria de imprensa do hospital. Durante o período de internação, o artista precisou ser entubado e passou por uma traqueostomia, procedimento que permite a passagem de ar diretamente para os pulmões.
O quadro clínico, no entanto, se agravou nos últimos dias, e ele acabou não resistindo. Lô deixa um filho, Luca Arroyo Borges, de 27 anos. O músico mineiro havia mantido uma agenda ativa de shows e lançamentos até recentemente, com o álbum “Céu de Giz”, lançado em agosto deste ano, em parceria com o cantor e compositor Zeca Baleiro.
Vida de Lô Borges
Nascido em 10 de janeiro de 1952, Lô Borges era o sexto de 11 filhos e cresceu em uma família repleta de músicos. Ele e seus irmãos Márcio, Marilton e Telo Borges estiveram entre os pilares criativos do Clube da Esquina, movimento que revolucionou a música brasileira na década de 1970. Em parceria com Milton Nascimento, Lô lançou em 1972 o disco “Clube da Esquina”, considerado uma das maiores obras da MPB. No mesmo ano, apresentou seu primeiro álbum solo, que ficou conhecido como o “disco do tênis”.
Trajetória de Lô Borges
Ao longo de sua trajetória, Lô Borges teve suas composições gravadas por grandes nomes da música brasileira, como Elis Regina, Tom Jobim, Caetano Veloso e Beto Guedes. Sua parceria com Ronaldo Bastos resultou em clássicos como “O Trem Azul” e “Paisagem da Janela”. Em 2022, ele celebrou 50 anos de carreira com um concerto ao lado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, um dos momentos mais marcantes de sua trajetória.