Ana Maria Braga acionou o jornalista Roberto Kovalick, nesta segunda-feira (3), para dar uma triste notícia ao vivo aos telespectadores da Globo. “Bom dia, Kova, bem-vindo”, disse Ana Maria. Kovalick assumiu o comando do Jornal Hoje na sexta-feira (31), com a ida de César Tralli para o Jornal Nacional.
“A gente já começa a semana com uma notícia triste”, disse Roberto Kovalick antes de chamar a repórter Flávia Ayer, direto de Belo Horizonte. A repórter destacou a trajetória de Lô Borges e o reconhecimento ao disco Clube da Esquina.
Morre cantor e compositor Lô Borges
A morte de Lô Borges, aos 73 anos, encerra um dos capítulos mais marcantes da música brasileira. Fundador do lendário Clube da Esquina, o artista foi responsável por uma das sonoridades mais autênticas e poéticas da MPB.
O movimento, que surgiu em Belo Horizonte no fim dos anos 1960, uniu nomes como Milton Nascimento, Beto Guedes e Toninho Horta em torno de um som que misturava rock, folk e música brasileira, criando uma identidade única.
Trajetória de Lô Borges
Lô Borges começou sua trajetória ainda adolescente, quando conheceu Milton Nascimento e os irmãos Márcio e Marilton Borges. Juntos, eles formaram o núcleo criativo do Clube da Esquina, cuja influência ultrapassou fronteiras e marcou a história cultural do país. O disco “Clube da Esquina”, lançado em 1972, é considerado uma das obras-primas da música brasileira, seguido pelo igualmente marcante “Clube da Esquina 2”, de 1978.
Entre os maiores sucessos de Lô estão canções como “O Trem Azul”, “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo” e “Paisagem da Janela”. Suas letras profundas e melodias suaves ajudaram a consolidar o estilo mineiro que mescla lirismo e introspecção. O artista sempre foi reconhecido pela discrição e pela intensidade de sua arte, mantendo-se fiel à essência do movimento que ajudou a criar.