Repórter da Globo toma atitude de impacto durante cobertura de conflitos no RJ: ‘A gente vai poupar’

Profissional de imprensa realizou link ao vivo durante telejornal matinal da Globo e foi elogiado por ação.

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O repórter Jefferson Monteiro é um dos profissionais da imprensa do Grupo Globo que está acompanhando in loco a megaoperação realizada no Rio de Janeiro, que já registrou mais de 120 mortos, no conflito entre segurança pública e traficantes. Ao entrar ao vivo no Bom Dia RJ desta quarta-feira (29), o jornalista surpreendeu ao tomar a frente das câmeras, após a população descobrir os corpos com uma espécie de lona.

Nas primeiras horas de hoje, dezenas de corpos foram encontrados em uma região de mata na Penha, e foram expostos na Praça São Lucas. Ao perceber a ação de populares, Jefferson decidiu poupar os telespectadores da imagem forte, e entrou na frente da imagem, sinalizando para o cinegrafista mudar o plano de fundo. 

“A imagem é muito forte, vou pedir para o Guilherme Mira voltar pra mim aqui, porque as pessoas, para chamar a atenção, começaram a tirar os plásticos que cobriam os corpos, mas a imagem é forte, e a gente vai poupar vocês de casa”, disse o repórter. 

Governador repercute com fala

Em posicionamento dado hoje, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), apontou que a megaoperação foi um sucesso, só se mostrando comovido pela morte dos quatro agentes policiais que perderam a vida no confronto. A operação entrou para a história do estado como a maior em número de óbitos registrados: 121 até o momento.

Polícia Civil se manifesta 

Em entrevista concedida na tarde desta quarta-feira (29), Felipe Curi, secretário da Polícia Civil afirmou que os homens encontrados mortos e que tiveram os corpos colocados em praça pública por pessoas da comunidade, estavam armados e paramentados na mata, prontos para o ataque. Em tom irônico, ele disse que estes supostos criminosos passaram por um portal, onde apareceram só de shorts e cueca, com uma narrativa de chacina sendo forçada por populares.

Incisivo, ele disse ter imagens, e que as autoridades podem responsabilizar judicialmente as pessoas que tiraram armas e roupas destes homens e os expuseram em praça pública.