Jornal Hoje exibe imagens fortes da violência no Rio de Janeiro e repórter avisa: ‘Difícil de tirar da cabeça’

O Jornal Hoje exibiu várias reportagens sobre a megaoperação realizada no Rio de Janeiro.

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O Jornal Hoje abriu sua edição desta quarta-feira, dia 29 de outubro, mostrando imagens fortes da megaoperação realizada na terça-feira, 28, no Rio de Janeiro. O telejornal exibiu corpos enfileirados na Praça São Lucas, no Complexo da Penha, na zona norte da cidade. “Vai ser uma imagem difícil de tirar da cabeça“, avisou o repórter Jefferson Monteiro.

A escalada, responsável por trazer as principais notícias do dia, apresentou a fotografia da agência Reuters sem qualquer trilha sonora. A música só começou após César Tralli assumir a narração, destacando a gravidade do cenário: dezenas de corpos no meio da rua chocaram o Brasil e o mundo.

Durante a abertura do jornal, Tralli explicou a decisão de exibir as imagens, justificando que retratam a guerra entre criminosos e forças de segurança. Ele ressaltou que dezenas de pessoas foram encontradas mortas em uma área de mata do Complexo da Penha.

Megaoperação no Rio de Janeiro

A operação mobilizou cerca de 2.500 policiais para combater o avanço do Comando Vermelho nas favelas da Penha e do Alemão. Desde a madrugada, moradores ajudavam a remover os corpos, levando-os para a praça do complexo.

O repórter Jefferson Monteiro, que acompanhou a ação desde cedo, afirmou que a violência urbana é difícil de esquecer. A Globo interrompeu a programação local, incluindo o Encontro e o Mais Você, para cobrir o evento com prioridade jornalística.

Exibição de imagens de violência

No Brasil, mostrar corpos mortos na televisão não é proibido, mas é regulado por leis e códigos de ética jornalística. Em geral, emissoras usam planos distantes, imagens desfocadas ou cobertas para não expor cenas explícitas de morte.

A Globo segue normas internas que restringem a exibição de corpos identificáveis. Essas medidas buscam equilibrar a cobertura jornalística com o respeito às vítimas e à sensibilidade do público.